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"Harmonizo meus pensamentos para criar com a visão". "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível".

sábado, 16 de janeiro de 2016

A corrupção e sua gêmea incompetência

por Sebastião Pinheiro

Vocês lembram o Pepê, Ministro de Assuntos Estratégicos de Collor. Apareceu na Lava Jato como o operador do próprio; Pobre e infeliz "Gasolina", digo PC, tesoureiro e financista. O quê pode o meta poder!

Sou ingênuo confundi "raiz - radical" com "fundamento - fundamentalismo", pois semântica e etimologia jamais foram meus fortes. Agora, fui obrigado a atualizar-me: Fundamento é a base ideológica, filosófica ou outra, de algo. Já o fundamentalismo é a estrita adesão a doutrinas teológica conservadoras, assim designadas pelos seus defensores. Por extensão este termo passou a ser usado em outras ciências como posição dogmática, fanática. Estou às voltas com três temas: - A ciência de Ludwik Fleck; - A possível Bomba H da Coreia; - A triste realidade nacional 25 anos depois.

Ludwik Fleck foi um cientista judeu de nacionalidade polonesa que dirigia no campo de concentração e extermínio de Buchenwald na Alemanha Nazista, a poucos metros dos fornos crematórios, um dos laboratórios de imunologia e microbiologia mais bem equipados e possuía uma equipe de outros presos de renome (médico Marian Ciepielkowsky; o sorologista francês Prof. X. Waitz; o bacteriologista Eugen Kogon e o Prof. Alfred Belachowsky do Instituto Pasteur) e mais de dez imunologistas alemães de alto nível profissional, intelectual e especialidade. Ele e sua equipe sobreviviam pela imperiosa necessidade de seu conhecimento pelos algozes nazistas para a produção da vacina contra o tifo exantemático causado pela riquétsia (Richettsia prowazekii) para a imunização das tropas SS.

Já conhecida bem antes de Napoleão as epidemias de tifo entre prisioneiros de Guerra (foto) e os campos de concentração eram o local constante de surtos para as pesquisas. De 1943 até 1945 em Buchenwald foram produzidos mais de 600 litros de «vacina» totalmente ineficaz devidamente aplicada em mais de 50 mil soldados SS. (O exército imperial japonês usara o mesmo artificio em Harbin, na China com o sacrifício de 400 mil cobaias humanas pelo Tenente General Ishiro Shii, que em 1960 foi dirigente na Olimpíada de Tóquio.).


A equipe de Fleck não sabia como produzir as quantidades requeridas pelos nazistas e montou uma farsa com um mero placebo (medicamento sem principio ativo) superando os rígidos controles e protocolos nazistas. As pequenas quantidades da vacina efetivas e eficazes para imunização eram administradas à equipe e sua própria família pelas condições no campo de concentração. Depois da guerra ele descreveu em uma série de trabalhos científicos e filosóficos os alcances e feitos na ação, fundamentos e sociologia no fundamentalismo da ciência.

Isto está contado no livro Revolución en la Evolución no capítulo “Un gran dilema em Biología”, de Lynn Margulis editado pela Universidade de Valência, em 2003 onde cita o livro de Ludwik Fleck "Genesis and Development of Scientific Fact" que traz sua Teoria do Feito Científico”.

Dita teoria afirma que todo “feito cientifico” nada mais é que um consenso entre científicos com vínculos, que interagem socialmente. Este “feito” é produto de um complexo processo social que começa com a observação individual ou com a medida e que termina com a integração de uma “afirmação verdadeira” estilizada no livre conhecimento da sociedade.

Fleck documentou o processo mediante o qual as atividades sociais como assistência a reuniões científicas, contribuição a revistas científicas e boletins profissionais faz a contribuição aos "mitos comuns", livros textos e outros instrumentos de socialização, consolidam grupos de pessoas que de outro modo serão científicos e técnicos ingovernáveis (grupos de pensamentos) e iriam constituir as “tribos de pensamentos” ou alternativos.

Do outro lado desse espelho, na Coreia do Norte, o atual líder, neto do formador da parte norte após a secessão do país, Kim Jong Un foi criado desde a primeira infância até a universidade na Suíça para exercer poder absoluto sobre fundamentos e fundamentalismo em todos os sentidos.

Seu pai explodiu sua primeira bomba atômica em 3 de Outubro de 2003 e ele coroa de forma macabra a obra familiar.

Bomba atômica é uma arma para o exercício de poder imperial. Para fazê-la é necessária muita ciência e uma quantidade de radioisótopo de um metal muito pesado como o Urânio ou Plutônio, que serão purificados e concentrados para a confecção do artefato militar, que ao explodir libera muita energia por fissão. Na atualidade ela é, em muito superada pela bomba H. Para se fazer a bomba termonuclear de fusão é necessário, o radioisótopo de metal muito leve, como o Hidrogênio. Os isótopos do Hidrogênio Deutério e Trítio se encontram na natureza em quantidades muito diluídas e sua concentração é dispendiosa, pois eles são encontrados na água da chuva em concentrações inferiores a picogramas ou 1 x 10 na potencia negativa 12 (0,000.000.000.001 gramas/Litro) e menos ainda nas água oceânicas e sua concentração precisa de muita hidroeletricidade para a produção de D20, e mais ainda para a T20 (águas pesadas).

O cientista britânico EdwardTeller foi o criador da Bomba de Hidrogênio. A propaganda militarista ufanista alcunhou a expressão que a Bomba Atômica é apenas a espoleta da Bomba H, para divulgar sua excelência destruidora em comparação com a atômica. Edward Teller ficou famoso pela proeza de doar sêmen para Eugenia, contudo algumas crianças nasceram com deficiências mentais.

Sobre a produção de Deutério e Trítio diz a lenda que os chineses encontraram que as águas juvenis, oriundas de fontes geotérmicas (vulcões) são mais ricas em Deutério e Trítio e passaram a tratar com jatos dessa água a lava vulcânica incandescente com exito; Depois começaram a moer certas rochas ricas em Sulfetos e dissolvê-la nas águas termais; Por fim aquecer, sob pressão para a produção não só do Deutério e Trítio, mas de outros isótopos (Neodímio) para a produção de imãs formadores dos campos eletromagnéticos indispensáveis na montagem do artefato termonuclear.

Há quem diga que o gigantesco uso de pós de rochas na agricultura chinesa nada mais são que o aproveitamento e disfarce do subproduto e não o seguimento pioneiro de Julius Hensel. Da mesma forma que o desenvolvimento dos inseticidas fosforados na agricultura do mundo, mais que negócios das empresas químicas era uma garantia de produção a baixo custo do Tributilphosphate (TBP), purificador de radioisótopos pesados por partição líquida. A bomba atômica coreana foi acelerada pela doação de 20 toneladas de TBP da China. Lembram do aprisionamento do Navio Espião "Pueblo", em 1968. Não foi noticiado por fundamentalismo do meta poder.

Há atualmente uma comoção nos EUA & UE devido à hegemonia chinesa no mercado de Terras Raras (Lantanídeos), para desespero norte-americano pelo seu valor estratégico em eletrônica, satélites, computadores e arte militar. Diz, ainda a lenda que o uso dos pós de rochas permitiu a concentração desses elementos para a industria e o resultado de seus ensaios na peletização de sementes é apenas um outro subproduto desviado para a agricultura.

Na guerra fria houve a denúncia de que Israel e África do Sul explodiram um artefato nuclear na atmosfera nas proximidades do continente Antártico. Há muito, no Hemisfério Norte se deixara de utilizar a atmosfera para testes, pois os inimigos tinham a possibilidade de recolhendo amostras de certos cultivos e alimentos (leite) podiam determinar os radionuclídeos (spuren) do fall-out e saber o tipo de artefato e as linhas e tendências no seu desenvolvimento. Os argentinos enviaram ao Bundesforschungsantalt für Getreide, Kartoffeln und Fettforschung Verarbeitung um bolsista para analisar seus trigos no final da década de 70, para conhecer que tipo radioisótopos eles continham. Na época, a França fazia seus testes no Atol de Mururoa sob o Oceano procurando que diluição na água do Mar impedisse o rastreamento de seus avanços científicos.

Agora o mundo sabe que um terremoto artificial de 5,3 na Escala Richter foi detectado, na Coreia do Norte, mas não se sabe o tipo e tamanho do petardo explodido, se de fissão ou fusão. Obviamente que sem o Fall-out fica muito mais difícil predizer qualquer certeza.

Na pobre e triste realidade nacional, o famoso Pepê (Pedro Paulo Leone Ramos) foi recebido na sede do Parque Nacional das Águas Escondidas pelo também secretário Lutz, a quem entregou um grosso volume sobre a questão nuclear, que tinha de ser lido até a manhã seguinte e enviado ao Planalto. O mais interessante é que naquela tarde quente um desavisado tamanduá bandeira entrara dentro do quintal da casa e passamos a tarde observando o portentoso comedor de formiga. Não sei se ele ficou sem dormir para estudar o documento. Retornei ao Sul tranquilo. Ele afirmara que no dia anterior estiveram uns dez caciques Caiapós e eles trouxeram um punhado de crianças, preocupados, pois o buraco atômico ficava nas nascentes dos rios de suas terras.

De chofre, ele me perguntou se eu conhecia Joseph Greiner. E sem resposta, explicou foi um cineasta alemão fulminado pela malária (Plasmodium falciparum) no Jary (foto) na expediçãonazista para delimitar a Amazônia Alemã, que Hitler pretendia ocupar nos anos seguintes, como já fizera com grande parte da Antártica.

A revolução redentora doara a área do Jary ao Daniel Ludwig, posteriormente indenizado pelos investimentos de risco que fizera com sua fábrica de celulose flutuante, hoje uma grande plantação de eucaliptos e pinheiros norte-americanos.

Aquele irreverente, que recebera o embaixador da Alemanha de cuecas cumpriu o que havia antecipado: Fazer por uma pá de cal naquele buraco na Serra do Cachimbo (foto). Um quarto de século passou e permite a reflexão: A corrupção e sua gêmea incompetência deixaram de ser fundamento político e agora são fundamentalismo, exponenciais como a microcefalia e desfaçatez, ambas piores que a Bomba de Nêutrons.

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